Conheça tudo sobre outros fundos imobiliários de papel
Tipos de indexação/composição nos Fundos de Papel
Os fundos de papel (FIIs que investem em recebíveis imobiliários, CRIs, LCIs, letras de crédito etc.) costumam usar diferentes tipos de indexadores ou remunerações. Entre os mais comuns:
Tipo de indexação / ativo Como funciona / características CDI / taxa referencial de juros de mercado (pós-fixado) Títulos atrelados a juros de mercado. Rendimento varia conforme taxa básica de juros — tende a render mais quando a taxa Selic ou juros de mercado estão altos. IPCA / inflação + prêmio real (pré ou pós-fixado) Títulos que buscam proteger contra inflação, combinando ajuste monetário + juros/prêmio real. Interessantes para quem busca preservação do poder de compra e retorno real. LCI / LCA / LH — crédito bancário/imobiliário, isenção fiscal Papéis emitidos por bancos ou instituições financeiras para financiar o setor imobiliário. Muitas vezes têm isenção de imposto de renda, o que pode tornar o retorno líquido competitivo. (FIIs) Carteira mista / híbrida (diversos ativos) Alguns fundos combinam CRIs pós-fixados, indexados à inflação, LCIs, cotas de outros FIIs — diversificando o risco de indexador, crédito e liquidez. Essa diversificação pode ajudar a equilibrar risco e retorno.
Importância da variedade de indexadores: A existência de diferentes indexadores (juros, inflação, crédito bancário) permite que os fundos de papel se ajustem a diferentes cenários macroeconômicos. Por exemplo:
Em cenário de juros altos, fundos atrelados a juros/DI/CDI tendem a render melhor.
Em cenário de inflação alta, fundos indexados à inflação (IPCA, IGP-M etc.) podem proteger o poder de compra.
Em cenário de estabilidade econômica, carteiras bem diversificadas podem oferecer renda com menor risco.
Seguir de perto a carteira e carteira de ativos do fundo é essencial — para ver qual indexador prevalece e que risco crédito os ativos têm.
Exemplos de Fundos de Papel além de MXRF, KNSC, KNCR
Aqui vão alguns FIIs de papel (ou de recebíveis / CRI / LCI) que são relativamente conhecidos ou aparecem em listagens de mercado. Isso não é “todos”, mas serve como ponto de partida para sua pesquisa:
KNIP11 Fundo de papel / CRI/LCI — costuma aparecer em listas de fundos de papel, com carteira de recebíveis.
HCTR11 Fundo de recebíveis/crédito imobiliário. Alguns relatos apontam risco maior em casos de inadimplência — importante avaliar carteira.
AFHI11 Fundo de papel listado, com participação no segmento de CRI/LCI/recebíveis imobiliários.
BARI11 Fundo de papel / CRI, uma das opções com patrimônio relativamente menor.
BTCI11 Fundo de crédito imobiliário/recebíveis, presente entre os papéis listados como “papel”.
CACR11 Fundo de papel/recebíveis. Aparece em rankings de FIIs de papel com retorno interessante.
Esses exemplos mostram a diversidade de fundos de papel disponíveis — com patrimônio, perfil e risco diferentes. Vale observar o histórico, a carteira, a concentração de créditos e os indexadores utilizados.
Limitações da abordagem “listar todos os FIIs de papel + perfil completo”
Como mencionei no início, existem desafios práticos:
São centenas de FIIs de papel (segundo fonte, cerca de 210 fundos de papel listados em 2024).
A composição da carteira (ativos, indexadores, crédito, vencimento, rating) varia e muitas vezes as informações detalhadas não são publicadas de forma padronizada ou atualizada regularmente.
A liquidez e volume de negociação de muitos fundos é baixo — o que dificulta análise de “preço realista de saída” para quem investe.
A dependência de fatores macroeconômicos (juros, inflação, crédito) interfere fortemente na performance: o que rendeu bem num ano pode performar mal em outro.
Por essas razões, analisar fundo a fundo exige pesquisa individualizada — consultar relatórios da gestora, composição dos CRIs, vencimentos, garantias, etc.
Minha Recomendação: Como Usar Essa Informação
Se eu fosse você e quisesse montar uma carteira com fundos de papel, faria o seguinte:
Monte uma shortlist de fundos de papel conhecidos (como os exemplificados acima), priorizando os com patrimônio maior e histórico mais estável.
Verifique a composição da carteira — percentuais de CRI x LCI x indexadores (juros vs inflação). Prefira diversificação.
Avalie o risco de crédito e indexadores — CRIs de boa qualidade, com garantias, indexados adequadamente. Se possível, evite concentração em poucos créditos.
Diversifique dentro de FIIs — não concentre todo capital em fundos de papel; combine com fundos de tijolo, híbridos ou renda fixa para equilibrar risco.
Considere horizonte de médio a longo prazo — fundos de papel podem sofrer volatilidade de mercado; ideal manter posição por pelo menos 2–3 anos.
Acompanhe a gestão e comunicação dos fundos — relatórios de carteira, vencimentos, inadimplências, garantias e cenário macro.
Se quiser — posso montar uma planilha (em texto/markdown) com uma base de 30–50 FIIs de papel ativos hoje, seguindo critérios como patrimônio, liquidez, tipo de indexador (juros / inflação / papel bancário), para facilitar sua análise comparativa. Quer que monte agora?
Exemplos de FIIs de Papel
FII (Ticker) Observações / Notas
CACR11 Fundo de papel / CRI — aparece em listas recentes de FIIs de papel.
BARI11 FII de papel / crédito imobiliário — listado como “Papel” em filtros de fundos.
PORD11 Fundo de papel / recebíveis imobiliários.
RPRI11 Aparece em listagens de FIIs de papel.
CYCR11 Fundo de papel / recebíveis. Está entre os fundos de papel listados.
KCRE11 Fundo de papel / crédito imobiliário — aparece em listagens de papel.
OUJP11 FII de papel/recebíveis, cotas desse tipo aparecem em bases de FIIs de papel.
HSAF11 Fundo de papel, listado na categoria “Papéis”.
JSCR11 Fundo de papel — faz parte da base de FIIs de CRI/recebíveis.
KIVO11 Fundo de papel, parte da lista de fundos de recebíveis.
VGIP11 Fundo de papel ou CRI — listagem recente aponta como tal.
CVBI11 Fundo de papel / CRI — aparece em bases recentes de fundos de papel.
BTCI11 Fundo de crédito imobiliário / recebíveis — aparece entre FIIs de papel com volume relevante.
XPCI11 Fundo de papel / crédito/recebíveis — está em listagens de FIIs de papel.
RZAK11 FII de papel / “high-grade” ou com perfil de crédito — aparece em rankings de dividendos de FIIs de papel.
HABT11 Fundo de papel / recebíveis — presente entre os FIIs de papel listados recentemente.
O que verificar em cada fundo
Verifique tipo de ativo: certificação de recebíveis imobiliários (CRI), LCI, outros títulos de crédito; alguns fundos podem ter composição mista.
Consulte histórico de proventos (dividend yield, consistência, datas de pagamento) — isso ajuda a avaliar se o fundo mantém rendimento regular.
Avalie a liquidez e volume de negociação — fundos de papel podem ter menor liquidez do que fundos de “tijolo”.
Verifique indexadores / indexação dos papéis: se os CRIs estão atrelados à taxa de juros (CDI/Selic), à inflação (IPCA/IGP-M), ou indexador fixo — isso afeta risco/retorno conforme cenário macroeconômico.
Analise a diversificação da carteira: fundos com muitos créditos distintos tendem a diluir risco de inadimplência.
Acompanhe relatórios da gestora: composição da carteira, vencimentos, rating dos créditos, inadimplências, garantias — informações essenciais para avaliação de risco.