Conheça tudo sobre o fundo de Papel MXRF11

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MXRF11 — Análise Completa, Estrutura, Histórico e Tudo Que Você Precisa Saber

Visão Geral: O Que É o MXRF11

  • Ticker / Código de negociação: MXRF11.

  • Nome no pregão / nome formal: “Maxi Renda Fundo de Investimento Imobiliário

  • Categoria / Tipo: FII de recebíveis / híbrido — com grande parte da carteira em CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), mas com parte da carteira em cotas de outros FIIs e ativos imobiliários; isso configura um perfil híbrido / de crédito-imobiliário.

  • Gestor / Administração: Administração por BTG Pactual Serviços Financeiros (DTVM); gestão por XP Asset Management.

  • CNPJ do Fundo: 97.521.225/0001-25.

  • Público-alvo: Investidores em geral, como cotistas do fundo.

  • Negociação: cotas negociadas em bolsa (mercado secundário — B3).

  • Prazo: Fundo de prazo indeterminado.

Em resumo: o MXRF11 não é um fundo “tijolo puro” (imóveis físicos), mas sim um fundo de recebíveis / híbrido, majoritariamente vinculado a crédito imobiliário via CRIs, com complementos em outros FIIs e imóveis, buscando gerar renda para cotistas através de fluxo de rendimentos e diversificação de ativos.

Estrutura, Estratégia e Composição da Carteira

Objetivo e Estratégia

  • O MXRF11 busca gerar renda para seus cotistas investindo majoritariamente em CRIs — títulos de crédito com lastro imobiliário — além de manter posições em cotas de outros FIIs, imóveis ou SPEs imobiliárias, o que dá ao fundo uma estrutura híbrida.

  • A gestão é ativa: o portfólio é constantemente administrado, com compra e venda de ativos, reequilíbrio de carteira, possível rotação de CRIs e horas de oportunidade de mercado, visando otimização de retorno.

  • Essa diversificação entre crédito imobiliário (CRIs), cotas de FIIs e possivelmente imóveis/reais dá ao fundo um perfil que mescla renda fixa (via crédito), renda variável (via imóveis/FIIs) e potencial de ganho de capital — reduzindo risco de depender só de um tipo de ativo.

Composição da Carteira / Informações Públicas

De acordo com dados recentes (outubro/novembro de 2025):

Tipo de AtivoPercentual Estimado / ObservaçõesCRI/CRA (crédito imobiliário)A maior parte — cerca de 77% da carteira. BrFiis+1Cotas de outros FIIsParte relevante (~15–16%). BrFiis+1Ações de SPEs imobiliárias / imóveis para venda / outros imóveis / ativos imobiliários comerciaisParte menor (~6-7% + uma parcela residual < 1%). BrFiis

Indica que o MXRF11 é um fundo com perfil diversificado, mas com ênfase clara em crédito imobiliário (CRIs) como motor principal de retorno. Essa orientação torna seu risco diferente de fundos de “tijolo puro” — dependente de inadimplência, juros, inflação etc.

Patrimônio, Cotas e Indicadores Recente (2025)

Com base nos dados públicos mais recentes:

  • Patrimônio líquido: aproximadamente R$ 4,1 bilhões.

  • Valor patrimonial por cota (VPA): ~R$ 9,42 por cota.

  • Cotação de mercado: por volta de R$ 9,63 (nov/2025).

  • P/VP (Preço / Valor Patrimonial): ~1,02 — cotação próxima ao valor patrimonial.

  • Liquidez média diária: relativamente alta — em 2025, o volume médio negociado diário foi cerca de R$ 7,4 milhões.

  • Taxa de administração: 0,90% ao ano. Gringo Investor+1

  • Participação no índice de referência: MXRF11 compõe cerca de 3% do índice IFIX, o principal índice de FIIs no Brasil — o que demonstra porte e relevância.

Esses dados mostram que o MXRF11 tem escala significativa, liquidez relativamente boa para um FII de CRI, e cotas acessíveis — o que o torna um fundo “popular” para quem busca entrar no mercado de FIIs de crédito/imobiliário.

Rendimentos, Histórico e Performance

Política de Distribuição

  • O fundo costuma distribuir rendimentos mensalmente; exemplo recente: pagamento de R$ 0,10 por cota referente a outubro/2025.

  • Distribuições anteriores: em março/2025 foram pagos R$ 0,09 por cota.

  • As receitas advêm da carteira de CRIs, rendimentos de FIIs, e eventuais operações estruturadas/permutas financeiras — o fundo busca diversificar fontes de receita para manter consistência.

Histórico e Dividend Yield

  • Dividend Yield (últimos 12 meses) é cerca de 12,15% a.a. segundo dados de 2025.

  • Nos últimos 12 meses, soma de proventos por cota gira em torno de R$ 1,17 (ou valores similares, dependendo da cotação e período considerado).

  • Rentabilidade total (dividendos + valorização da cota) em 2025 tem sido positiva — com cotação e proventos somando desempenho atrativo para perfil de renda.

Volatilidade e Sensibilidade

  • Como o fundo investe em CRIs e ativos financeiros, ele é sensível a fatores macroeconômicos: juros, inflação, taxa de vacância (indireta no crédito), risco de crédito dos devedores dos CRIs etc. Isso pode afetar tanto os rendimentos quanto o valor da cota.

  • A marcação a mercado dos ativos e a rotação da carteira (compra/venda de CRIs) podem gerar volatilidade — embora o mix híbrido ajude a diluir parte desse risco.

Pontos Fortes e Vantagens

  • Renda mensal previsível e relativamente estável: pagamentos mensais consistentes (ex: R$ 0,09–0,10 por cota) tornam o fundo atraente para renda passiva.

  • Base de cotistas muito grande: com mais de 1,3 milhão de cotistas, MXRF11 é um dos FIIs mais populares e líquidos — favorecendo entrada/saída com menor risco de desvalorização abrupta.

  • Diversificação de ativos: carteira que mistura CRIs, cotas de FIIs, imóveis ou SPEs imobiliárias — reduz o risco de depender de um único tipo de ativo.

  • Cota acessível: cotação geralmente abaixo de R$ 10, o que facilita entrada para investidores com capital modesto.

  • Liquidez relativa e negociação em bolsa: volume de negociação elevado para CRI-FII, facilitando realização ou aumento de posição.

  • Potencial de retorno acima de renda fixa tradicional: com dividend yield anualizado acima de 12%, pode superar muitos investimentos conservadores, especialmente em cenários de juros/inflação.

Pontos de Atenção, Riscos e Limitações

  • Risco de crédito: como a maior parte da carteira é em CRIs, há risco de inadimplência ou deterioração dos créditos — o que pode comprometer os rendimentos.

  • Sensibilidade macroeconômica: juros, inflação, política econômica e cenário imobiliário impactam diretamente — o que exige atenção a contexto geral.

  • Volatilidade de cota: mesmo com renda, o valor da cota pode oscilar conforme mercado, percepção de risco e rotação de carteira.

  • Dependência de gestão ativa: a performance depende de decisões de compra/venda e seleção de ativos; má gestão pode comprometer o retorno.

  • Menor “segurança patrimonial” comparado a fundos de tijolo com imóveis físicos: não há imóveis físicos de “reserva tangível”; o lastro é financeiro, o que traz risco diferente (ex: mercado de crédito).

  • Rendimento não garantido fixo: mesmo histórico positivo, os rendimentos futuros podem variar segundo carteira, inadimplência, contexto macro, e ciclos de crédito.

Perfil de Investidor Ideal para MXRF11

O MXRF11 tende a fazer mais sentido para investidores que:

  • Buscam renda passiva mensal com regularidade, sem precisar lidar com imóveis físicos ou gestão de locação.

  • Desejam diversificação de carteira, misturando crédito imobiliário, renda variável via FIIs, e ativos híbridos — sem se prender a um único setor.

  • Têm perfil moderado a moderado-arrojado, aceitando risco de crédito e algum grau de volatilidade, em troca de rendimento potencial mais elevado.

  • Querem cotar acessível e liquidez razoável, facilitando aportes pequenos e manutenção ou aumento de posição com facilidade.

  • Buscam retorno acima da renda fixa tradicional, com possibilidade de superar inflação, juros ou outras aplicações mais conservadoras.

Por outro lado, pode não ser tão indicado para quem busca “segurança absoluta” ou para quem deseja um investimento totalmente previsível e sem os riscos típicos de crédito/imobiliário.

Conclusão: MXRF11 Vale a Pena?

Sim — o MXRF11 é uma das opções mais estruturadas e populares no universo de FIIs de recebíveis/híbridos no Brasil. Sua combinação de carteira diversificada, gestão ativa, base de cotistas extensa, cotas acessíveis e histórico de rendimentos consistentes o tornam uma opção atrativa para quem busca renda passiva e diversificação.

Porém, como todo investimento em crédito imobiliário, ele envolve riscos: crédito, volatilidade e sensibilidade macroeconômica. O ideal é manter uma visão de médio a longo prazo, diversificar bem a carteira e acompanhar a gestão do fundo com atenção.